JUROS DIRECIONAL
Resultado positivo. A inflação corrente segue surpreendendo para baixo, com núcleos de inflação rodando na ponta em 3,5%. Com isso, seguimos posicionados para juros menores no Brasil, principalmente nos prazos intermediários. O Banco Central deve começar a afrouxar a política monetária no 1º trimestre de 2026, com um ciclo inicialmente gradual, mas que tem uma assimetria de ser mais longo e intenso.
JUROS RELATIVO
Resultado neutro. Mantivemos a estratégia, ampliando a posição vendida nos juros entre os anos 2031 e 2033 e a posição comprada na parte mais longa da curva, entre 2033 e 2035.
JUROS CAIXA
Resultado positivo. O Tesouro Nacional manteve seu volume de emissões praticamente estável e em nível bastante alto nos títulos prefixados. Como consequência, os prêmios desta classe de ativos mantiveram-se em níveis elevados. Em um mês com bastante volatilidade, fizemos poucas alterações na carteira, apenas aumentamos nossas posições em NTNFs casadas longas e reduzimos marginalmente nosso prazo médio. O perfil da carteira segue bem parecido ao do mês anterior: comprado nas LFTs intermediárias, NTN-Fs casadas longas e neutros em LTNs casadas e NTN-Bs casadas.
INFLAÇÃO
Resultado negativo. Iniciamos uma posição comprada em inflação curta (prazo de 9 meses) que funciona como proteção para nossa posição aplicada em juros nominais. Ao longo do mês, a inflação implícita do mercado para 2025 teve forte queda de 4,50% para 4,30%. Além do IPCA abaixo do esperado, a composição benigna da inflação, a queda dos preços dos alimentos no atacado e a queda dos preços de bens industrializados (IGPs) ocasionaram a revisão das projeções de inflação do mercado para patamares inferiores à nossa projeção atual.
CRÉDITO OFFSHORE
Em crédito offshore, tivemos abertura de spreads de aproximadamente 18bps no mês, apesar do ambiente externo favorável a risco. Muito deste movimento de abertura no mês esteve concentrado em dois emissores high-yield brasileiros (aos quais a Kinea não tem exposição). Nossa carteira offshore teve performance apenas levemente positiva no mês, mas usamos a abertura de spreads no mercado para aumentar nossa posição em papéis que julgamos mal precificados no momento.
CRÉDITO LOCAL
Em crédito privado local, novembro foi um mês de estabilidade de spreads, após abertura de 15-20bps do final de setembro ao início de novembro. Além do baixo nível de alocação média dos fundos de crédito e desejo dos gestores por papéis com spreads mais altos, contribuiu para a estabilização dos spreads em novembro o fato de os fundos de crédito voltarem a performar acima do CDI, em boa medida ajudados pela recuperação de preços em papéis high-yield que haviam sofrido bastante ao longo do segundo semestre de 2025. Na Kinea, propositalmente, não temos exposição a estes nomes.
